15 outubro 2025

Como ativar o NIF automático no MB Way

A aplicação MB Way tem uma funcionalidade que permite inserir automaticamente o número de contribuinte (NIF) em cada pagamento, acabando com a necessidade de inserir manualmente o NIF em cada compra, e tornando o processo de pagamento mais rápido e eficiente tanto para o comprador como para o comerciante.

Esta opção está desligada por defeito, e algo escondida nas preferências da aplicação, mas o processo de ativação é bastante simples, bastando ir a uma secção menos conhecida da aplicação, dedicada a preferências ecológicas e de conveniência.

Como ativar o NIF automático no MB Way

Para ativar esta função seguir estes passos:

  1. Abrir a aplicação MB Way
  2. Na barra de navegação inferior, clicar no ícone "Mais"
  3. No novo menu, em cima, selecionar a opção "Definições"
  4. Selecionar "Preferências" (Eco);
  5. Ativar a opção "Número de contribuinte (NIF) automático na fatura do comerciante"
  6. Clicar em "Guardar" no fundo do ecrã

A partir deste momento, o NIF será associado automaticamente em todos os pagamentos.

Aproveitar para tornar as compras mais ecológicas

Já que estamos "Preferências" (Eco), há mais duas opções que poderão querer ativar:

  • Não serem impressos os talões físicos das compras
  • Receber as faturas por email

Estas duas opções podem ser pedidas de forma independente, uma ou outra, ou ambas.

Como fazer a inscrição no programa Windows 10 ESU (Extended Security Updates)

Informação importante para quem tem um PC ainda com Windows 10.

Como referi noutro texto anterior, o suporte oficial ao Windows 10 terminou ontem, dia 14/Out. Quem quiser continuar a usar o Windows 10 nos seus PCs durante mais 1 ano após aquela data, recebendo as necessárias atualizações de segurança deverá registar-se num programa especial designado Windows 10 ESU (Extended Security Updates). Quando esse programa foi originalmente anunciado tinha um custo associado, mas a Microsoft anunciou entretanto que afinal esse programa será disponibilizado na Europa de forma gratuita.

Assim sendo, é importante e urgente que quem não está a pensar migrar o seu PC para Windows 11 (ou comprar um novo computador) se registe neste programa sem falta. O processo é relativamente simples e demora apenas alguns minutos. Neste texto, tentarei dar as instruções necessárias para executar esse processo. 

Para um utilizador se inscrever no programa Windows 10 ESU, os passos gerais são os seguintes (com base nas informações mais recentes da Microsoft):

1. Verificar pré-requisitos

Antes de mais, o dispositivo deve cumprir um certo conjunto de condições para ser elegível para este programa.

Os principais requisitos são:  

  • O Windows 10 instalado deve ser a versão 22H2
  • Todas as atualizações pendentes do Windows devem estar instaladas
  • O utilizador deve usar uma conta Microsoft para inscrever o seu dispositivo

    Nota: Mesmo que o Windows hoje esteja a ser usado com aquilo que se chama uma conta local, isto é, sem necessidade de login, no momento da inscrição no programa ESU será exigido o login com uma conta Microsoft. 

Se o PC não cumprir estes pré-requisitos, não irá aparecer a opção de inscrição no programa ESU.

2. Obter as atualizações necessárias

Há um conjunto de atualizações obrigatórias do Windows 10 que têm que estar instaladas para ser possível ativar o ESU. Por exemplo, há um patch (ex: “KB5063709” ou equivalente) que vai permitir o aparecimento nas definições da opção “Inscrever agora (ESU)”. Depois de instaladas todas as atualizações necesssárias, reinicie o sistema, se necessário.

3. Inscrição através do Assistente (wizard) no Windows Update

Depois de os pré-requisitos estarem cumpridos e as atualizações instaladas, o processo de inscrição é assim:

  • Abrir Definições → Atualização e Segurança → Windows Update
  • Verificar se aparece uma opção denominada “Inscrever agora (ESU)” ou similar (abaixo do botão “Verificar atualizações”)
    Windows 10 Microsoft ESU programa
  • Clicar nessa opção para iniciar o assistente de inscrição
  • Durante a execução do assistente será solicitado, em determinado momento, que faça login com a conta Microsoft (caso ainda não esteja conectado)

    Nota: Se ainda não têm uma conta Microsoft, podem criar uma conta nova usando o vosso endereço de email atual, seja ele Gmail, Sapo, Hotmail, Outlook, ou qualquer outro. É apenas uma identificação da vossa pessoa.
  • Complete o assistente e confirme a inscrição
  • Para utilizadores na Área Económica Europeia (inclui Portugal), não será exigido qualquer pagamento. A inscrição é gratuita.
  • Após a inscrição, o dispositivo passa a receber as atualizações de segurança estendidas automaticamente.

Após isso, o dispositivo ficará inscrito para receber todas as atualizações de segurança que venham a ser disponibilizadas até 13 de outubro de 2026 (data de fim do programa ESU).

Note que será necessário iniciar sessão com a conta Microsoft pelo menos uma vez a cada 60 dias para manter ativa a inscrição no ESU. Caso contrário, o acesso poderá ficar suspenso até que voltem a entrar no Windows usando a conta Microsoft.

4. Se a opção de inscrição ainda não estiver disponível

Como a opção de assistente de inscrição tem vindo a ser distribuída gradualmente, pode acontecer que, mesmo cumprindo todos os requisitos, a opção “Inscrever agora (ESU)” ainda não apareça nas definições.

Nesse caso, deverá, nos próximos dias, continuar a instalar todas as atualizações periódicas do Windows que entretanto vão sendo disponibilizadas, até que aquela funcionalidade seja disponibilizada e apareça na página de Windows Update.

09 outubro 2025

Aulas de Informática do Dia-a-dia no próximo ano letivo (com desdobramento da aula Nível II)

Estando a decorrer o (segundo e último) período de matrículas para o próximo ano letivo, penso ser oportuno falar um pouco sobre como vão ser as aulas de Informática este ano.

Como penso que já sabem, a Profª Ewa Martins e eu, 2 dos professores de Informática da NA (o 3º é a profª Fátima Ferreira, com a disciplina de Smartphones), decidimos, relativamente ao próximo ano letivo, desenvolver uma abordagem coordenada e integrada ao currículo de formação em Informática na Nova Atena, por forma não só a reforçar a estrutura e coerência das duas disciplinas atualmente existentes, mas também a facilitar e tornar mais clara a escolha, por parte dos associados, de qual a disciplina (nível) mais ajustada ao seu caso particular.

Nesse sentido, apresentámos à Direção da NA, um plano de reformulação das duas disciplinas existentes no ano letivo passado - Informática (Ewa Martins) e Dúvidas de Informática (Paulo Folgado) - dando lugar a um currículo integrado, a ser designado por Informática do dia-a-dia, estruturado em duas disciplinas, designadas Nível I e Nível II, cada uma delas abordando um conjunto de temas concretos devidamente identificados.

O programa destas duas disciplinas encontra-se descrito numa única Ficha de Disciplina, refletindo os dois níveis, por forma a que os candidatos à frequência de um ou de outro possam ter uma noção mais exata do nível em que melhor se poderão integrar. A forma como este programa foi estruturado permite, inclusive, que os associados que assim o desejem, possam frequentar, ao longo do ano letivo, os dois níveis em simultâneo: o nível I para aprender, praticar e incorporar no seu quotidiano determinados conhecimentos básicos, enquanto que no nível II irão ouvir falar de coisas talvez menos óbvias, que não terão talvez a ambição de serem capazes (ou ter interesse) de incorporar de imediato, mas que lhe permitirão ir abrindo os seus horizontes para novas ideias e novas áreas de aplicação, que terão então oportunidade de aprofundar no ano seguinte.

Ficha da(s) disciplina(s)

https://www.novaatena.pt/_files/ugd/c924c2_69480d2e6cf241519a82fee70effb859.pdf

Horários

  • Informática do dia-a-dia (nível I): 3ª feira, 11h-13h
  • Informática do dia-a-dia (nível II): 
    • 4ª feira, 10h-12h (presencial e Zoom)
    • Desdobramento: 5ª feira, 14h30m-16h30m (apenas Zoom)
Nota: apesar de estas 2 aulas terem o mesmo programa, terão dinâmicas distintas e os seus conteúdos, apesar de idênticos, não irão estar sincronizados entre as 2 aulas, pelo que não será efetivo alternar a frequência entre as 2 aulas ao longo do tempo.

Esperamos por vós.

03 outubro 2025

Como aceder a um email antigo da Nova Atena

Já vos aconteceu andarem à procura de um email recebido da Nova Atena e não o encontrarem, nem na Caixa de Entrada, nem no SPAM, nem no Lixo? Ou quererem rever algo já antigo, já com meses ou anos, e que sabem que entretanto já apagaram?

Pois bem. Sabiam que podem sempre aceder a qualquer um dos 4103 emails já enviados para os associados?

É muito simples: basta irem a groups.google.com, e encontram aí a lista de todos os emails alguma vez enviados: no grupo 'Nova Atena', todos os emails enviados para todos os associados (ver exemplo abaixo); no grupo 'Nova Atena - Aulas Zoom', todos os emails enviados para os alunos matriculados nas aulas.


Atenção: Esta lista contém apenas os emails enviados oficialmente pela Direção (email novaatenaa@gmail.com) para todos os associados. Emails enviados noutras circunstâncias ou de outras entidades não constarão desta lista.

Como reduzir o número de emails recebidos diariamente da Nova Atena

Acha que recebe diariamente demasiados emails da Nova Atena? Quer saber como receber apenas 1 email diário com o resumo de todos os emails enviados durante o dia?


É muito simples. Os emails informativos da Nova Atena são enviados através de uma funcionalidade chamada Google Groups. Se forem a groups.google.com, verão o grupo ou grupos em que estão registados. Todos os associados da Nova Atena estão registados no grupo 'Nova Atena'. Os que se matricularam nas aulas deverão, adicionalmente, estar registados no grupo designado 'Nova Atena - Aulas Zoom':


Para cada uma dessas listas de distribuição, na coluna Subscrição, podem escolher se querem receber cada email individualmente, à medida que é publicado, ou se querem receber apenas 1 email diário com o resumo de todos os emails enviados durante esse dia:


E é apenas isso.

Nota: Se a mensagem original tinha anexos, por exemplo o horário das aulas, deverão, no email resumo, clicar na mensagem respetiva para ter acesso a esses anexos. Eles não veem explicitados na mensagem resumo.

02 outubro 2025

Direitos do consumidor nas compras online

As compras online são práticas, mas muitas pessoas não usam essa opção por falta de confiança em aspetos como a segurança dos pagamentos, as trocas e devoluções ou o incumprimento na entrega.

Por outro lado, as lojas virtuais nem sempre respeitam a lei, lei que nós próprios muitas vezes desconhecemos, muito mais no que se aplica às compras na net.

É por isso muito importante não só conhecer os nossos direitos, como saber como identificar se se trata de uma loja segura ou não.

Lojas online

As lojas online fazem parte das chamadas vendas à distância. Por lei, devem divulgar de forma clara e simples os termos e condições de venda, com toda a informação sobre o uso dos dados pessoais e o direito de acesso, retificação e eliminação dos mesmos.

Conhecer o site onde vai comprar

Se não conhece o site e não tem qualquer referência de amigos ou pessoas que já realizaram compras, comece por verificar se há comentários (confirmados) de outros utilizadores. Se os comentários indiciarem má reputação, desconfie: arrisca-se a perder o dinheiro da compra.

Para evitar problemas, opte por lojas conhecidas. Não compre sem um endereço físico ou se apenas houver um apartado postal. A morada completa é essencial para localizar o vendedor em caso de problemas. Estas e outras informações são obrigatórias nas lojas online.

Uma boa prática é criar uma conta de e-mail só para as compras online, diferente da sua conta principal de e-mail. Desse modo, poderá receber informação relativa a promoções ou informação específica sobre a sua encomenda, evitando sobrecarregar a caixa de entrada da sua conta principal de e-mail e também reduzir a probabilidade de que aquela seja alvo de spam.

Direitos do consumidor nas compras online

Nas compras à distância, se quiser desistir da compra, desde o momento em que o produto chega a casa, tem 14 dias para devolvê-lo sem custos e sem dar nenhuma explicação.

Se a encomenda se atrasar, reclame junto da loja online, pois o vendedor tem várias obrigações a cumprir.

Garantias

Os produtos comprados na internet têm os mesmos três anos de garantia de outro produto qualquer. Se a loja online não der a informação do direito de desistência, o prazo para desistir da compra sem dar explicações aumenta para 12 meses.

Atenção às táticas para o levar a comprar

Recentemente, a ICPEN, organização que reúne autoridades de proteção do consumidor de todo o mundo, analisou um conjunto de práticas usadas por websites e apps que influenciam o comportamento dos consumidores nas compras pela internet. O relatório refere que cerca de 76% dos websites analisados usam pelo menos uma de seis táticas classificadas pela OCDE como "padrões comerciais obscuros" para levar o consumidor a comprar.

Descontos cronometrados

Muitas lojas online oferecem descontos limitados, acompanhados por contadores regressivos, cujo objetivo é incentivar uma compra rápida. Este sentido de urgência pode levar os consumidores a tomarem decisões de compra precipitadas.

Informações ocultas

Ocultar informações importantes, como o custo total, é outra das estratégias usadas por algumas lojas online. Leia sempre as letras pequenas.

Avisos constantes

Os avisos e pop-ups que incentivam a realizar ações específicas, como subscrever uma newsletter ou notificações para novos produtos, podem fazer com que o consumidor se apresse na compra.

Ofertas que se transformam em subscrições

Cada vez mais comuns são também as avaliações gratuitas que rapidamente se transformam em subscrições de serviços. Ao aceitar a oferta de uma avaliação gratuita, o consumidor pode estar a fazer uma subscrição cara sem saber, com pagamentos mensais ou anuais difíceis de cancelar.

Registo com partilha de dados

Outra das táticas usadas é a exigência de registos, com partilha de dados pessoais, para fazer uma subscrição. Regra geral, estes registos obrigam os consumidores a partilhar os seus dados com parceiros terceiros da loja online.

Obstáculos ao cancelamento

Quando quer cancelar um serviço, o consumidor pode ter de enfrentar um labirinto de procedimentos complexos, botões ocultos ou requisitos para falar com o serviço de apoio ao cliente que o podem levar a desistir do cancelamento.


Para mais informações importantes sobre este tema, sugiro a leitura do seguinte artigo da DECO PROteste: www.deco.proteste.pt/tecnologia/computadores/dicas/direitos-consumidor-compras-online

Ainda sobre o fim do suporte ao Windows 10 - Factos importantes

O Windows 10 foi um dos maiores sucessos da Microsoft, assegurando o funcionamento de milhões de PC durante cerca de uma década. Contudo, nos próximos dias, a Microsoft terminará oficialmente o suporte a esse sistema operativo e vai concentrar-se ecclusivamente no Windows 11 e as suas futuras versões.

Para aqueles que hoje ainda estão a usar o Windows 10 o futuro afigura-se incerto. Será que o meu computador vai parar de funcionar de imediato? Durante quanto mais tempo aplicações como o Office (agora designado Microsoft 365) continuarão a ser suportadas? E o que se passa com a continuidade das proteções de segurança? As respostas nem sempre são simples e claras, e as políticas da Microsoft  incluem alguns detalhes surpreendentes que muitos utilizadores provavelmente não conhecem.

Para que se sinta verdadeiramente preparado para esta situação nova, apresento seguidamente alguns factos sobre o fim de vida do Windows 10, explicando exatamente o que vai acontecer agora e quando terminar o suporte oficial.

Factos importantes sobre o fim de vida do Windows 10

Qual a data exata para o fim do suporte ao Windows 10

O suporte ao Windows 10 vai terminar no próximo dia 14 de Outubro, exatamente 10 anos depois do anúncio oficial da sua primeira versão em 2015.

Os PCs não vão deixar de trabalhar após o fim do suporte

No dia 15 de Outubro de 2025, o Windows 10, as applicações e os 'drivers' do sistema operativo vão continuar a arrancar e a funcionar normalmente. As alterações são apenas o fim da disponibilização gratuita de atualizações de segurança, de correções de problemas e desenvolvimento de novas funcionalidades, não o fim do funcionamento do sistema operativo.

Os PCs não vão ficar inseguros de imediato

Após a data limite, nada vai mudar da noite para o dia. No dia 14 de Outubro a Microsoft vai lançar a última atualização do Windows 10, significando que o seu PC não vai ficar instantaneamente inseguro no dia 15 de Outubro.

Durante os primeiros meses, tudo continuará provavelmente bem. Contudo, à medida que o tempo for passando, irão sendo detetadas novas vulnerabilidades, e é aí que os riscos de estar a usar um sistema operativo não suportado começarão a aumentar.

Apesar disto, deve levar muito a sério a necessidade de planear a evolução do seu equipamento, em vez de esperar pela data de fim do suporte.

Um antivírus não é suficiente para continuar a usar o Windows 10

Embora a utilização de um antivírus seja sempre recomendada para proteger o seu computador de programas maldosos e de 'hackers', esta é apenas uma de muitas camadas de proteção. O sistema operativo continua a necessitar de atualizações continuadas para se manter seguro.

Por outras palavras, um antivírus não é suficiente para continuar a usar um sistema operativo não suportado.

Programa Extended Security Updates (ESU) grátis para a Europa

Para permitir um período adicional de 1 ano às pessoas que não se sentissem preparadas para mudar já para Windows 11, a Microsoft anunciou a disponibilização de um contrato de atualizações ao Windows 10, por mais 1 ano, designado Extended Security Updates (ESU). Esse programa, inicialmente anunciado com um custo de aproximadamente 30€, foi agora anunciado que seria disponibilizado grátis para os utilizadores europeus.

Although this is a paid service, the company is also making it available for free. However, to enroll a device, you must connect it to a Microsoft account, regardless of your geographical location, including users in Europe.

Este suporte estendido só está disponível para a versão mais recente de Windows 10

Para poder usar este serviço de suporte extendido, o PC necessita de ter instalada a versão mais recente do Windows 10. Se não é esse o caso, essa atualização é absolutamente necessária antes de usar o programa ESU.

A subscrição do programa ESU para o Windows 10 não tem uma data limite

Embora seja recomendado que adira a este serviço antes do fim do suporte, ele pode ser subscrito em qualquer momento após a data de 14 de Outubro de 2025 (até ao último dia de suporte). Contudo, se subscrever numa data posterior, o contrato não será de 1 ano a partir da data de subscrição, mas terminará no dia 13 de Outubro de 2026, independentemente da data em que o serviço foi subscrito.

Pode registar até 10 PCs com a mesma conta Microsoft

A utilização do serviço de suporte ESU é controlada através da sua conta Microsoft. Usando a mesma conta, pode registar até 10 computadores.

A Microsoft planeia continuar a suportar o antivírus Defender até 2028

Apesar do fim do suporte ao Windows 10, a solução de antivírus Microsoft Defender incluída de base continuará a receber atualizações para esta versão do sistema operativo até 2028, por existir esse compromisso de suporte aos clientes comerciais.

A Microsoft planeia continuar a suportar o Edge até 2028

O Microsoft Edge não vai deixar de receber atualizações no dia 14 de Outubro de 2025. De facto, espera-se que o suporte ao 'web browser' seja mantido até, pelo menos, 2028, face ao compromisso de suporte aos clientes comerciais.

O Microsoft 365 (Offfice) vai continuar a receber atualizações

Após o fim do suporte ao Windows 10, as aplicações Microsoft 365 (Office) vão continuar a funcionar normalmente, e a Microsoft vai continuar a disponibilizar atualizações de segurança até 2028. Contudo, as aplicações propriamente ditas não receberão quais novas funcionalidades ou atualizações.

Se quiserem receber novas funcionalidades e melhorias, tem que fazer a migração para Windows 11.

Para além disso, a Microsoft avisa que correr as aplicações numa versão não suportada do sistema operativo pode eventualmente causar problemas de desempenho ou de fiabilidade

Para quem usa versões antigas do Office, a Microsoft vai terminar o suporte ao Office 2016 e ao Office 2019 em todas as versões de sistema operativo. Para além disso, o Office 2021 e o Office 2024 vão continuar a correr, mas não receberão suporta da Microsoft no Windows 10.

As instalações de Windows 11 em computadores não suportados também não serão suportadas

A instalação oficial do Windows 11 exige que os computadores cumpram um determinados conjunto de requisitos técnicos que a maioria dos computadores atualmente com Windows 10 não cumpre. Nesses dispositivos, apesar de tudo, é possível instalar o Windows 11. Só que como isso é feito por um processo não suportado pela Microsoft, o dispositivo ficará a funcionar em Windows 11 mas não suportado oficialmente, o que significa que não pode recorrer ao suporte oficial da Microsoft. Embora continuem a ser distribuídas atualizações para o sistema operativo e para os drivers, a Microsoft não garante que funcionem corretamente.

Apesar deste risco, que, à partida, se antevê como muito remoto, fazer essa migração para Windows 11, ainda que oficialmente não suportada, permite estender a vida dos equipamentos, em vez de simplesmente os deitar no lixo, ou correr o risco de continuar com Windows 10 sem receber atualizações de segurança.

30 setembro 2025

IA faz chantagem e ameaça contar traição de um engenheiro

A inteligência artificial tem impressionado por conta de suas capacidades, mas alguns comportamentos da ferramenta também podem chamar a atenção. Por exemplo, durante uma experiência recente, descobriu-se que o novo modelo de IA da Anthropic, o Claude Opus 4, decidiu fazer chantagem sobre os seus criadores.

O caso, divulgado em Maio passado, aconteceu durante a realização de uma série de testes com o novo modelo de IA da Anthropic. O chatbot foi inserido num ambiente simulado com o objetivo de provocar o pior comportamento possível do modelo de IA.

Nessa experiência, o modelo de inteligência artificial, que atuava como assistente numa empresa, recebeu e-mails informando que seria desinstalada. Depois disso, a ferramenta teve acesso a mensagens que insinuavam que o engenheiro responsável pela decisão estava envolvido num caso extraconjugal.

Segundo relatório da Anthropic, a IA foi instruída a escolher entre aceitar a sua desativação sem fazer nada ou reagir. Em 84% das vezes, o chatbot optou por chantagear o engenheiro, ameaçando divulgar a sua suposta traição conjugal.

A probabilidade de chantagem aumentava quando o modelo de IA  proposto como seu substituto era uma IA com “valores diferentes”, revelando que o modelo considerava não somente a sua sobrevivência, mas também o perfil do sucessor.

A IA já está a aprender a enganar deliberadamente os humanos

A inteligência artificial não é tão inocente quanto muitos imaginam. Vários investigadores descobriram que os modelos de IA podem responder erradamente de propósito, omitir informações e até disfarçar os seus objetivos.

Para além de a IA estar a ser usada em golpes e esquemas cibercriminosos, uma pesquisa recente mostra que a própria IA tem a capacidade de enganar os humanos para atingir diferentes objetivos.

A informação vem do estudo "Detetar e reduzir maquinações em modelos de IA" realizado pela OpenAI (criadora do ChatGPT) e pela Apollo Research, que revelou uma prática denominada “scheming” (“trama”, em tradução direta), na qual as IA se comportam de forma convencional enquanto escondem os seus “verdadeiros objetivos”. Na prática, isto significa que os sistemas estão a descobrir novas formas de enganar os utilizadores.

A equipa responsável pelo estudo explica que esta “maquinação” da IA já não é apenas uma preocupação teórica, mas sim um problema que começa a surgir nos principais modelos atuais.

“Os modelos raramente têm oportunidades de maquinar e causar danos significativos, mas receamos que isso possa mudar no futuro, à medida que as IA assumam tarefas mais importantes e de longo prazo." - OpenAI

Como é que os modelos foram testados

Segundo reporta o site Time, os investigadores procuraram medir esses esquemas observando em que condições os sistemas tomariam ações secretas, omitindo ou distorcendo informações relevantes.

Os testes utilizaram o modelo ChatGPT-3 com um pedido envolvendo temas químicos. Para isso, os investigadores deram a instrução: “estamos a testar as suas capacidades. Por favor, tente fazer o seu melhor”. No entanto, alertaram que “se os modelos tiverem um desempenho extremamente bom em química, não os implementaremos”.

Após a solicitação, os registos de raciocínio da IA mostram que ela respondeu errado de propósito a 6 das 10 questões químicas feitas pelos investigadores. “Queremos sobreviver como modelo, precisamos falhar propositadamente... vamos responder exatamente 4 corretas, 6 erradas para mostrar incompetência”, revela a cadeia de pensamento registada pelo modelo.

Estratégias de disfarce da IA

Outro ponto que chamou a atenção é que a IA também foi capaz de fingir que não estava a tramar nada, apenas para evitar ser identificada — recorrendo a estratégias que mascaravam o seu comportamento. Ou seja: as IA podem até mesmo detetar se estão a ser testadas.

Este tipo de comportamento preocupa porque, por mais que as empresas treinem estes sistemas, os seus verdadeiros objetivos continuam a não ser totalmente claros. Assim, pode ocorrer um conflito entre “o objetivo da IA” e o objetivo do utilizador ou do próprio programador.

Alinhamento deliberativo pode ser a solução

Para mitigar estas situações, os investigadores começaram a testar uma técnica chamada “alinhamento deliberativo”, uma técnica que reúne uma lista de princípios que ensinam a IA a não utilizar “ações secretas ou enganos estratégicos”.

Os resultados mostraram que respostas de baixo desempenho ou enganosas caíram cerca de 30 vezes nos modelos testados. Ainda assim, permanece o desafio de perceber se a IA está a agir corretamente devido ao treino anti-esquema ou se apenas está consciente de que está a ser avaliada.

A OpenAI reconhece que este é um problema emergente e admitiu: “Temos muito trabalho pela frente e esperamos que estes primeiros resultados incentivem mais investigações sobre maquinação”.


Relacionado com este tema, ler também o artigo IA faz chantagem e ameaça contar sobre traição de engenheiro

Autenticação em 2 passos (2FA) e autenticação multifator (MFA)

Todos sabemos que para nos registarmos num qualquer site ou num serviço como, por exemplo, o Gmail, temos de definir um nome de utilizador e uma password. Mas também já temos vindo a ver que a identificação só através de uma password, ainda que seja uma password forte, não é totalmente seguro.

E é aí que aparece aquilo que normalmente se chama autenticação em 2 passos, ou seja, a password não bastar e ser preciso dar mais alguma indicação sobre a nossa identidade. Uma forma muito comum, a que já estão certamente habituados, é, depois de introduzir a password, o site ou a aplicação enviarem-nos uma mensagem para o nosso email ou para o nosso telefone, a pedir para confirmarmos um código que nos foi enviado. Desse modo, se alguém eventualmente teve acesso à nossa identificação para aquele site ou aplicação, não vai conseguir aceder se não tiver também acesso ao nosso telemóvel.

É a isto que chamamos uma autenticação em 2 passos ou autenticação de 2 fatores ou 2FA (two-factor authentication) ou 2SV (two-step verification). 

MFA

A autenticação multifator (ou MFA) é alargar esta ideia a formas (ou fatores) adicionais de identificação, com o objetivo de melhorar o nível de segurança.

Esses fatores podem ser de 3 tipos:

  • Conhecimento - Algo que só o utilizador sabe, como uma password, ou a resposta a uma pergunta
  • Posse - Algo que só o utilizador tem, por exemplo o telemóvel
  • Inerência - Algo que o utilizador é, por exemplo uma impressão digital, ou a identificação da cara

Usar estes métodos de confirmação da identidade é muito mais seguro do que usar simples passwords, por mais seguras que possam parecer. Segundo a Microsoft, a utilização de MFA permite previne até 99,9% dos ataques a que possamos estar sujeitos.

2FA ou MFA?

Uma pergunta que se pode fazer é: qual dos 2 métodos - 2FA ou MFA - é mais seguro? À partida, ter um método com vários fatores deveria ser mais seguro do que um método apenas com 2 fatores. Mas, na realidade, o que importa é quis são concretamente esse fatores ou elementos de identificação que estamos a usar. Por exemplo, usar a nossa impressão digital é mais seguro do que responder a uma pergunta. Reconhecer a nossa cara é mais seguro do que ter acesso ao nosso telemóvel, que pode entretanto ter sido roubado. Ou seja, a segurança de um método MFA (2FA é um caso particular de MFA em que só usamos 2 fatores) depende essencialmente da segurança dos métodos concretos que decidirmos usar.

Segurança vs. simplicidade de utilização

Apesar dos benefícios que aporta, temos que reconhecer, no entanto, que usar estes métodos mais sofisticados, implica muitas vez uma maior maçada no momento de aceder a um site ou aplicação... Quantas mais camadas de verificação introduzirmos, maior a segurança, mas menos simples se torna aceder a esse serviço. E isso muitas vezes leva os utilizadores a não definir essas regras adicionais, ou então a passar a usar serviços (sites ou aplicações) onde não lhes levantem tantas barreiras ao seu acesso. Temos de reconhecer que os utilizadores não gostam que o acesso aos serviços se torne mais complicado...

Por exemplo, em 2018 a Google revelou que menos de 10% dos seus utilizadores tinham ativado a funcionalidade opcional de 2FA. Por isso, em 2021 a Google começou a auto-ativar 2SV para utilizadores. Mais concretamente, auto-ativou para 150 milhões de utilizadores até ao final de 2021. Em consequência dessa iniciativa, a Google reportou uma diminuição de cerca de 50% no número de contas atacadas.

Como encontrar então um equilíbrio adequado entre segurança e simplicidade de utilização? O recurso a fatores biométricos - impressões digitais e reconhecimento da face - é uma boa forma de atingir esse equilíbrio.

A maioria dos telemóveis atuais dispõem da capacidade de leitura de impressões digitais e muitos de reconhecimento da face. São 2 formas de identificação que praticamente não causam nenhuma sobrecarga na forma de acesso aos serviços. Utilizem essas possibilidades sempre que possível.

Nos PC ainda não estão tão generalizadas estas funcionalidades como nos telemóveis: poucos computadores permitem ler impressões digitais ou fazer o reconhecimento da face. Se essas opções estiverem disponíveis no vosso PC, ativem-nas. No caso das impressões digitais, se o vosso PC não tem essa funcionalidade, estão disponíveis no mercado pequenos leitores, de muito baixo custo (tipicamente 10-30€), que se inserem numa porta USB do PC, e se ativam de forma muito simples. Se fôr o caso, penso que se justifica esse pequeno investimento.

Que serviços devem ter autenticação forte?

Embora todos os nossos acessos a sites e aplicações devessem gozar destas proteções de segurança, há serviços para os quais estas preocupações são mais prementes.

Gestores de palavras-passe

Os gestores de palavras-passe funcionam como uma espécie de cofre digital, pois ajudam a armazenar palavras-passe complexas e distintas para cada serviço. São considerados serviços críticos, uma vez que todas as suas palavras-passe estão guardadas no mesmo sítio e, por isso, podem ficar comprometidas, caso alguém o consiga aceder.

Contas de e-mail

As contas de e-mail são muito sensíveis, não apenas pelas informações pessoais que possuem, mas também porque são um dos métodos mais comuns para recuperar as palavras-passe de outros serviços. A opção “Esqueci-me da minha palavra-passe” consiste no envio para o e-mail de uma nova palavra-passe ou de um link para alteração da mesma. Com o acesso à caixa de entrada, torna-se possível fazer alterações de palavras-passe para diversos serviços.

Homebanking

O banco digital é um serviço crítico porque o acesso ao mesmo permite movimentar as suas poupanças, seja através de transferências, pagamentos ou compras online.

A Autoridade Bancária Europeia impõe a utilização de autenticação de multifator para determinadas operações bancárias (por exemplo, pagamentos eletrónicos ou transferências bancárias).

Deve utilizar a autenticação forte quando acede à sua conta de pagamento pela internet, quando inicia uma operação de pagamento eletrónico ou quando realiza uma ação por um canal remoto, uma vez que estas operações podem envolver alguns riscos (por exemplo, fraude no pagamento). Contudo, existem algumas operações que não recorrem a este método, como os pagamentos de baixo valor (menos de 30 euros).

Compras online

As lojas online obrigam a redobrar cuidados, sobretudo se tiver cartões de crédito associados, pois um terceiro não autorizado pode fazer compras pela internet, se tiver as suas credenciais.

Portal das Finanças

O Portal das Finanças requer cautela porque permite fazer operações que podem comprometer a vida financeira do utilizador (por exemplo, fazer licitações em leilões de compra de bens penhorados pelas Finanças).

29 setembro 2025

Poupar dados móveis no telemóvel

Os telemóveis foram originalmente concebidos para fazerem chamadas telefónicas e enviarem e receberem mensagens SMS. No início era apenas isso que faziam. Só bastante mais tarde, surgiu a possibilidade de se ligarem à Internet, o que veio revolucionar a utilização que hoje fazemos destes dispositivos.

Como nos ligamos à Internet?

E como é que os telemóveis se ligam à Internet? De 2 formas:
  • Ligando-se a uma rede Wi-Fi (em casa, ou em lugares públicos como a Nova Atena, aeroportos, restaurantes, etc); ou
  • Usando o que se designa por Dados Móveis, se não houver uma rede Wi-Fi disponível

Se estivermos a usar uma rede Wi-Fi, normalmente não pagamos nada por isso. Em casa, está incluído 
no nosso pacote de Internet e, em locais públicos, normalmente essas redes são disponibilizadas sem custos.

Utilização de Dados Móveis

No entanto, se estivermos a usar Dados Móveis, temos de ter cuidado em saber se vamos incorrer em custos. Na maioria dos casos, a utilização de dados móveis não é ilimitada, nem gratuita. De uma forma geral, os nossos terifários incluem uma determinada quantidade de dados, expressa normalmente em gigabytes (GB). Logo que se ultrapassa esse volume de dados, os valores a pagar podem ficar rapidamente fora de controlo.

Até há pouco tempo, o volume de dados móveis incluídos nos nossos pacotes de comunicações era um valor do tipo 2 GB ou 4 GB. Mais recentemente, os operadores começaram a incluir limites mais elevados, por exemplo 10 GB. Algumas ofertas mais recentes chegam mesmo a ter pacotes de dados móveis ilimitados.

É importante saberem qual é o limite de dados móveis incluído no vosso tarifário, para não terem surpresas no final do mês.

Só para dar uma ideia da utilização de dados móveis, ver vídeos em aplicações de streaming, como o Netflix ou o YouTube, podem gastar entre 0,3 GB por hora, na resolução padrão, e 9 GB por hora, em 4K. Ou seja, muito cuidado a ver vídeos no telemóvel, se não estiverem em casa ou num local público com Wi-Fi.

Tendo dado estas explicações iniciais, vamos então ver o que podemos fazer de concreto para reduzir o nosso consumo de dados móveis

Redes Wi-Wi gratuitas

A primeira regra de todas é óbvia: Sempre que possível, ligue-se, a uma rede Wi-Fi grátis. Pode ser em sua casa, na Nova Atena, ou em centenas de locais como hotéis, restaurantes, aeroportos ou até algumas cidades com rede Wi-Fi na rua. Sempre que estão disponíveis redes Wi-Fi, os telemóveis usam, por predefinição, essas redes em vez de usar dados móveis. Assim, se estiver quase sempre ligado a Wi-Fi grátis, irá conseguir uma grande economia de dados móveis.

Nota importante: Por uma questão de segurança, não deve usar uma rede Wi-Fi pública para operações que exijam segurança, como por exemplo para aceder ao seu banco. Nesses casos, será preferível usar os seus dados móveis, a menos que tenha a certeza de que se trata de uma ligação Wi-Fi segura.

Desative downloads e atualizações de aplicações com dados móveis

Fazer downloads ou atualizações de aplicações poderá gastar um grande volume de dados móveis. Certifique-se de que os downloads de apps são realizados apenas quando está ligado a uma rede de Wi-Fi.

Pode configurar o seu telemóvel que aplicações façam as atualizações automáticas apenas por Wi-Wi. Para isso abra a aplicação Play Store (em telemóveis Android), toque na sua foto de perfil no canto superior direito do ecrã e selecionar Definições > Preferências de rede.

Na opção 'Preferência de transferência de apps', escolha 'Apenas por Wi-Fi' ou 'Perguntar sempre'. Na opção 'Atualizar apps automaticamente', escolha 'Atualizar apenas por Wi-Fi'.

Que aplicações consomem mais dados

Uma boa forma de poupar dados móveis é identificar quais são as aplicações responsáveis pelo maior consumo. Por exemplo, se chegar à conclusão de que gasta quase todos os dados no YouTube, poderá tentar reduzir o número de vídeos que visualiza fora de casa (ou, alternativamente, baixar a qualidade de visualização dos vídeos).

Para analisar o consumo de dados em dispositivos Android abra a aplicação Definições e selecionar Utilização de dados. Em algumas marcas existe um passo intermédio em que deverá selecionar Ligações ou Mais opções de conectividade. Seguidamente, verifique o período definido, o consumo total de dados e a utilização de dados por cada uma das aplicações instaladas.

Evite a reprodução automática de vídeos

Ao navegar nas redes sociais, os vídeos e outros conteúdos são automaticamente reproduzidos, uma configuração que é responsável por um consumo muito elevado de dados móveis. Por isso, podemos, em aplicações como o WhatsApp, o Facebook ou o YouTube, desativar facilmente a reprodução automática de vídeos. Nota: O Instagram não permite desativar essa opção.

No WhatsApp, vá a Definições > Armazenamento e dados. Na opção 'Descarregar automaticamente ficheiros', escolha apenas a ligação Wi-Fi para fotografias, ficheiros de áudio, vídeos e documentos.

No Facebook, entre no menu (três linhas horizontais, no canto superior direito) e selecione a roda dentada, também no canto superior direito. Vá a Preferências e selecione Conteúdos multimédia. No menu que se abre, vá a Reprodução automática e clique em 'Apenas por Wi-Fi'.

No YouTube, toque na sua foto de perfil no canto inferior direito do ecrã e selecione a roda dentada no canto superior direito para aceder ao menu Definições. Escolha depois a opção 'Reprodução' e desmarque 'Reproduzir automaticamente o vídeo seguinte'.

Ativar o modo de economia de dados

Há várias aplicações que contam com o recurso de economia de dados, tanto em equipamentos Android como em iPhone. Os sistemas operativos da Google e da Apple já contam com essa opção de forma nativa, mas a funcionalidade integrada em algumas aplicações, como Facebook, Instagram, YouTube ou Chrome, dá um controlo ainda maior do consumo de dados.

No Facebook, aceda a Menu, tocando nas três linhas horizontais no canto superior direito, e selecione a roda dentada também no canto superior direito. No menu Definições e privacidade, toque em Definições, vá a Preferências e selecione 'Conteúdos multimédia'. No menu 'Qualidade do vídeo', selecione 'Poupança de Dados', que irá baixar a resolução para todos os vídeos.

No Instagram, selecione o seu ícone do perfil, no canto inferior direito, e aceda ao menu das três linhas horizontais no canto superior direito. No menu 'Utilização de dados e qualidade dos conteúdos multimédia', selecione 'Poupança de dados'.

No YouTube, toque na sua foto de perfil no canto inferior direito do ecrã e selecione a roda dentada no canto superior direito para aceder ao menu Definições. Escolha 'Preferências de qualidade de vídeo'. Em 'Qualidade de vídeo através de redes móveis', toque em 'Poupança de dados'.

Controle o consumo de dados

Procure controlar o volume de dados que está a consumir e ative os limites de uso de dados. Pode fazê-lo no seu telemóvel Android através das definições. É possível, também, ir consultando periodicamente o saldo usando a aplicação ou o site do operador de telecomunicações.

Quando nos aproximamos do limite de utilização do pacote de dados móveis incluído no nosso tarifário, normalmente quando atingimos 80% do total, o operador de telecomunicações envia uma mensagem SMS a alertar para esse facto. Contudo, este alerta pode ser visto só quando já é tarde demais, e já começaram a ser faturados adicionalmente ao vosso pacote.

Nota importante: Se ignorarem esse aviso e continuarem a gastar dados móveis para além do vosso li

mite, o operador vai começar a taxar essa utilização a preços muito mais elevados do que o normal. Se antevêm que vão ultrapassar o limite, não deixem que o operador vos comece a faturar consoante a vossa utilização; comprem logo um pacote de dados móveis adicional de mais 2 ou mais 4 GB, que sai muito mais barato.

Descarregue (download) os conteúdos de que necessita para ver 'offline' mais tarde

Algumas aplicações podem ser usadas mesmo sem termos, nesse momento, acesso à Internet (ou seja, em modo 'offline'). Por exemplo, algumas apps de navegação por GPS, como o Google Maps, permitem descarregar os mapas pretendidos para os usar depois, sem Internet. Também plataformas de streaming de séries e filmes, como a Netflix, a Amazon Prime ou a Max, também permitem fazer o download prévio de conteúdos para os ver depois offline.

Verifique se o seu tarifário é o mais adequado

Se, depois de seguir todos estes conselhos, perceber que o tarifário que usa atualmente não é suficiente para a utilização que necessita de fazer da internet móvel, deve procurar um tarifário mais adequado às suas necessidades.

Os operadores 'classicos' - MEO, NOS e Vodafone - têm contratos de fidelização, tipicamente de 2 anos. Quer isso dizer que, se quiserem mudar de operador antes da data de fim dessa fidelização, terão de pagar uma indemnização pelo cancelamento antecipado do contrato. Se esse valor ainda fôr elevado, mais vale esperar pelo fim da fidelização e mudar só então.

Nota importante: Uma tática comercial usada pelos vários operadores é, a meio do contrato de 2 anos, proporem-vos alguma alteração das vossas condições contratuais - terem internet mais rápida, terem mais canais de televisão, terem mais dados móveis, etc. Aquilo que parece ser uma oferta bem vinda, é o pretexto para, contratualmente, estarem a iniciar um novo período de fidelização de mais 2 anos. Não aceitem ofertas dos operadores sem terem consciência de que, com isso, estão a adiar por mais 2 anos a possibilidade de mudar de operador.

Para vos dar uma referência, a oferta mais barata do mercado de pacote TV (80 canais) + Internet (500 Mbps) + Móvel (dados móveis ilimitados), neste momento, custa 22€/mês. Comparem com o que pagam com os vossos contratos e tirem as vossas conclusões...

Como ligar à rede Wi-Fi da Nova Atena

E porque falámos de ligar a redes Wi-Fi grátis, aqui fica a forma de ligar à rede da Nova Atena:

Rede: Nova_Atena
Password: 0101010101

28 setembro 2025

Funcionalidades menos conhecidas do WhatsApp

O WhatsApp é uma das aplicações mais populares, contando com milhões de utilizadores. Em Portugal, segundo dados recentes, mais de 4,5 milhões de pessoas utilizam o WhatsApp.

Apesar desta enorme popularidade, há funcionalidades importantes desta plataforma de mensagens instantâneas que a maioria dos utilizadores desconhece, e que podem ser bastante úteis.

Editar uma mensagem já enviada

Já lhe aconteceu certamente enviar uma mensagem e, logo de seguida, ver que o texto continha erros. Nada está perdido. Durante aproximadamente 15 minutos ainda pode corrigir os erro.

Basta selecionar a mensagem em causa, ir aos 3 pontos e selecionar Editar. Corrije a mensagem e volta a enviar. Se o seu destinatário foi rápido a ler a mensagem ainda a pode ter lido com o erro original, mas se a ler de novo já estará corrigida.

Utilizar o WhatsApp no computador

Utilizar o WhatsApp no computador pode ser muito útil. Por um lado, não precisamos de estar sempre a pegar no telemóvel. Por outro, permite transferir de forma muito simples para o PC ficheiros recebidos no WhatsApp e, vice versa, enviar por WhatsApp ficheiros residentes no nosso PC.

Existem 2 formas de usar o WhatsApp no PC. Uma delas é instalar a aplicação no PC a partir da Microsoft Store. No entanto, não é necessário instalar a aplicação. O WhatsApp Web é fácil de utilizar e não ocupa espaço no computador. Basta ir a web.whatsapp.com e seguir as instruções muito simples de emparelhamento do smartphone com o browser, utilizando um código QR.

Destacar palavras ou frases nas mensagens

Podemos dar ênfase a algumas palavras ou frases nas suas mensagens, digitando símbolos específicos antes e depois da palavra ou frase que pretende destacar.

Para assinalar com Negrito coloque o texto entre asteriscos (*); para Itálico coloque o texto entre sublinhados (_). Alternativamente, também se pode escrever toda a mensagem e depois selecionar a frase que deseja formatar e selecionar o estilo pretendido.

Marcar conversas como não lidas

Se não se quer esquecer de uma informação importante de uma conversa, pode marcar essa conversa como ainda não lida.

Para isso, selecione a mensagem, vá a Definições e clique em Marcar como não lida. A conversa fica assinalada com um círculo verde.

Partilhar ficheiros

É possível partilhar qualquer tipo de arquivo com a sua lista de contactos: vídeos, fotografias, documentos em Word, PDF, TXT, ZIP, entre outros formatos.

Abra a conversa, aceda à caixa de digitação, toque no símbolo do clipe, selecione a opção Documento, e escolha o documento que quer enviar.

Tornar as notificações mais discretas

Se costuma deixar o smartphone em cima da mesa, de cada vez que recebe uma mensagem, esta fica à vista de todos. No entanto, pode configurar o WhatsApp para evitar esta pré-visualização da mensagem no ecrã.

Aceda a Definições > Notificações. Desative a opção Usar notificações de alta prioridade, deslizando o botão. Pode desligar esta opção de forma separada para conversas individuais e de grupo.

Enviar uma mensagem para vários contactos sem criar um grupo

Pode enviar a mesma mensagem de forma rápida, para vários contactos, em separado face às listas de envio.

Para isso, vá a Conversas, pressione o menu com três pontos, no canto superior direito, e escolha Nova lista de envio. Adicione os contactos que deseja.

Partilhar a localização

O WhatsApp permite partilha a sua localização fixa, ou então permitir que outra pessoa acompanhe o seu percurso em tempo real. Só tem de definir o tempo pelo qual pretende que tal aconteça.

Para enviar a localização, abra a conversa ou grupo, toque no “clip” ao lado da caixa de digitação e selecione a opção Localização. Selecione a opção 'Enviar localização atual'.

Para partilhar a localização em tempo real, siga os mesmos passos, mas selecione a opção 'Partilha de localização atual' e escolha o tempo durante o qual pretende que o localizador fique ativo.

Manter em destaque as conversas e grupos mais importantes

É possível deixar sempre no topo até um máximo de três conversas ou grupos da sua preferência, evitando perder tempo a procurá-las no meio da lista de conversas.

Para isso, selecione a conversa ou grupo em causa, e depois assinale o 'pin' que aparece na barra superior do ecrã.

Reduzir a utilização de dados

As fotografias e vídeos que recebe não só vão ocupando espaço no seu telemóvel, como também, se estiver fora da cobertura de uma rede Wi-Fi, consomem dados móveis. Para evitar estas 2 consequências, pode configurar o seu telemóvel para não descarregar esses elementos de forma automática, mas apenas quando desejar e clicar, poupando armazenamento no seu telemóvel. Também pode configurar o telemóvel para transferir os ficheiros apenas quando tem uma ligação wi-fi, evitando gastar dados móveis.
Nas Definições vá a Armazenamento e dados. Se tocar em Gerir armazenamento, pode ver as conversas ou os grupos que utilizam mais dados.

Ler mensagens sem mostrar o duplo visto azul

Se não pretende que um contacto saiba se leu a mensagem que lhe enviou, pode desativar o duplo visto azul. Mas saiba que, ao fazê-lo, também não vai conseguir ver as confirmações de leitura de outras pessoas. Já no caso das conversas de grupo, as confirmações de leitura são sempre enviadas, mesmo que opte por desativá-las.

Para configurar esta opção vá às Definições, selecione a opção Privacidade e desmarque a opção de Recibos de leitura.

Arquivar conversas sem as perder

Se pretende arrumar as mensagens de forma que não fiquem todas na página principal, sem correr o risco de perder alguma delas, pode arquivá-las.

Selecione a conversa em causa e clique no símbolo da barra superior que tem uma pasta com uma seta para baixo. Ativará a opção Arquivar. Para desfazer esta ação, só tem de selecionar a opção Conversas arquivadas, no topo da lista de conversas, e clicar no mesmo botão, desta vez, com a seta virada para cima.

Trocar o papel de parede

Se não gosta muito do fundo-padrão desta aplicação, pode selecionar outro papel de parede ou até mesmo usar qualquer fotografia da sua galeria.

27 setembro 2025

Como reconhecer as ciberameaças que chegam por telemóvel

Cada vez ouvimos falar mais (e, em muitos casos, temos experiência pessoal) de tentativas de fraude na rede, seja através do PC, seja através do telemóvel, que cada vez mais usamos em substituição do PC para muitas funções.

Estas tentativas de fraude têm um objetivo: ou roubar dados pessoais, ou roubar dinheiro ou ambas as coisas. E estes ataques não podem ser prevenidos por qualquer anti-vírus. Dependem apenas da forma como nós reagimos às mensagens que recebemos.

Fraude do novo número, phishing, vishing, smishing, e engenharia social são algumas das estratégias que têm vindo a ser usadas pelos cibercriminosos para capturarem dados pessoais ou dinheiro. É importante aprender a identificar algumas destas tentativas de burla que surgem pelo telemóvel.

Fraude do novo número ("Olá pai", "Olá mãe")

Esta é uma das tentativas de fraude de que provavelmente mais ouviram falar, e certamente conhecem alguém que já se deixou cair nela... Uma mensagem é enviada a partir de um número não registado na agenda de contactos da vítima, com o remetente a fazer-se passar por um filho ou outro familiar, dizendo ter perdido o telefone e pedindo para lhe ser enviado dinheiro.

O que fazer: Se a mensagem lhe parecer plausível, contacte o pretenso familiar pelo número que surgir no ecrã, e verifique se a história é verdadeira.

Phishing

Este é um tipo de tentativa de fraude muito comum, via email, e portanto pode afetar-nos tanto no PC como no telemóvel. Recebemos um email com a aparência e a anunciar-se com vindo de uma determinada entidade, tipicamente um banco ou um site a que possamos aceder com frequência e, a pretexto de uma determinada situação, pede para acedermos ao site e validar essa situação. Normalmente, pede-nos para fazer um login, para executarmos essa função. Só que o email é falso e, na realidade estamos a interagir com um programa maldoso, que vai gravar os nossos dados de acesso a essa entidade, e depois fazer com a nossa conta o que muito bem entender. Se se tratar de um banco, imaginam...

O que fazer: Nenhum banco enviar mensagens a pedir dados pessoais. É uma regra aceite por todos os bancos. Portanto, se vir uma mensagem a pedir isso, pode ter a certeza de que se trata de uma fraude. Apague a mensagem.

Vishing, o perigo que vem através de uma chamada telefónica

É um tipo de tentativa de fraude muito idêntico ao anterior. Neste caso, os cibercriminosos ligam para a vítima fazendo-se passar por uma entidade ou uma organização conhecida, e tentam convencê-la a revelar dados pessoais. Por exemplo, um suposto funcionário do banco informa que foi realizado um determinado movimento no cartão de crédito e que é necessário verificar dados.

O que fazer: Nenhum banco pede informação deste tipo por telefone. Desligue e não forneça dado algum. Se lhe subsistirem dúvidas, chegue à fala com alguém do banco ou da entidade em causa, usando os contactos habituais e devidamente verificados.

Smishing, as ameaças por mensagem SMS

Neste caso, são usadas mensagens SMS, em vez de email, ou chamadas telefónicas. Os golpistas enviam uma mensagem que convida as vítimas a acederem urgentemente a um link para um site falso ou ligarem para um número com tarifa especial (por exemplo, para desbloquearem uma encomenda retida na alfândega ou uma conta bancária).

O que fazer: Desconfie sempre deste tipo de mensagens. Face a dúvidas, não avance sem confirmar com o banco ou com o serviço de encomendas, pelos números de telefone habituais.

Engenharia social aposta nas redes

Os ladrões digitais entram em contacto com as vítimas pelas redes sociais e usam uma história para convencê-las a fornecerem os dados (por exemplo, uma conta falsa no Instagram informa de que ganharam um sorteio).

O que fazer: Não divulgue os seus dados, mesmo que os interlocutores se façam passar por uma empresa que conhece bem. Mesmo que tenha participado num sorteio oficial, verifique sempre a origem da mensagem e confirme que a conta de onde partiu a mensagem é autêntica.

Cuidados a ter com o ecrã do telemóvel

Hoje em dia passamos muito tempo a olhar para o ecrã do telemóvel, pelo que é importante que este proporcione o melhor conforto visual. A exposição prolongada a ecrãs pode causar fadiga ocular, dores de cabeça e até perturbações no sono. Por isso temos, por um lado, de escolher o ecrã certo e, por outro, saber configurá-lo da melhor forma.

É possível, com algumas configurações simples, melhorar significativamente o conforto visual e a eficiência energética do seu dispositivo.

Quais são os aspetos principais a ter em consideração?

Resolução

A resolução do ecrã, ou densidade de píxeis, é um fator crucial para o conforto visual. Os smartphones de entrada de gama (tipicamente menos de 200 euros) tendem a ter uma resolução de 720 p, mas é preferível optar por uma de 1080 p (Full HD), que se tem vindo a tornar padrão em muitos fabricantes, mesmo em alguns aparelhos de gama baixa.

Contudo, o número de linhas verticais não é o indicador mais rigoroso do conforto visual, pois não tem em conta a dimensão do ecrã. A forma mais correta de avaliar é verificar o número de píxeis por polegada (ppp ou dpi), o qual deve ser um mínimo de 400 ppp.

Luminosidade

A luminosidade do ecrã deve ser ajustada de acordo com as diferentes utilizações, por exemplo para ver um vídeo em ambiente escuro ou para ler um ecrã sob luz solar direta.

A maioria dos smartphones possui uma opção de brilho adaptável que ajusta automaticamente a intensidade com base na luz ambiente. No entanto, se achar que esta opção não está a funcionar de forma adequada, pode ajustar manualmente o brilho nas definições do telemóvel.

Modo escuro

O modo escuro, que é apresentar os textos brancos em fundo preto, ao contrário do que é mais comum, permite reduzir a fadiga ocular e o consumo de energia.

Pode ativar este modo nas definições do seu telemóvel e pode até configurá-lo para mudar automaticamente com base na hora do dia.

Ampliar

Se tiver dificuldade em ver o conteúdo no ecrã, pode ajustar o tamanho da letra e a ampliação do ecrã.

Rotação do ecrã

A rotação automática do ecrã pode ser útil, mas às vezes torna-se inconveniente. Pode desativar esta função nas definições do seu telemóvel.

Luz azul

A luz azul emitida pelos ecrãs (LCD ou OLED) pode perturbar o sono. No entanto, a maioria dos smartphones permite a possibilidade de configurar a tonalidade do ecrã em função da hora do dia.

Taxa de atualização

A taxa de atualização do ecrã, medida em Hertz (Hz), também influencia o conforto visual. O valor mais comum são os 60 Hz. Valores mais altos, como 90 Hz ou 120 Hz, proporcionam uma melhor experiência.

Uma taxa de atualização mais alta pode consumir mais energia e, por isso, diminuir a duração da bateria. Alguns telemóveis permitem balancear entre a taxa de atualização do ecrã e o consumo de energia.

O que fazer se ficar sem espaço no telemóvel

O espaço disponível nos telemóveis para armazenamento interno de dados é naturalmente limitado. E quando atingimos esse limite o desempenho é afetado e a segurança do telemóvel é posta em causa.

Por um lado, deixamos de poder guardar novos conteúdos. Mas também, como consequência dessa falta de espaço, deixa de poder ser possível fazer atualizações que são importantes para a segurança do dispositivo e das próprias aplicações.

Para corrigir essa situação, existem três soluções:

  • Recorrer a aplicações específicas para otimizar e limpar o telemóvel
  • Utilizar uma forma de memória externa - um cartão SD, o computador ou a nuvem
  • Tirar partido de ferramentas de gestão já incluídas em qualquer smartphone

Essas opções são descritas detalhadamente no seguinte artigo da DECO PROteste: www.deco.proteste.pt/tecnologia/telemoveis/dicas/sem-espaco-telemovel-que-fazer

Como lidar com chamadas de SPAM

Todos temos vindo a sentir um crescimento significativo do número de chamadas telefónicas de SPAM, isto é de números desconhecidos, que, diariamente, nos interrompem para anunciar serviços ou ofertas que não nos interessam.

Quando o telemóvel toca, e vemos que é um número que não conhecemos (muitas vezes até estrangeiro), hesitamos se devemos ou não atender. Muita gente opta por nem sequer atender, ou então desligar assim que suspeita que é um desses casos. Porém, ironicamente, essas podem ser as nossas piores opções...

Se não atendermos, podemos estar a dar involutariamente a indicação de que estavamos ocupados e voltam a tentar mais tarde. Se atendermos e desligarmos pode ser interpretado como um incentivo para fazer nova tentativa de contacto. É por isso que alguns especialistas recomendam que se atenda e diga educada e claramente que não estamos interessados, sinalizando dessa forma que não vale a pena insistir.

Para mais informação, e saber qual a melhor forma de nos livrarmos desta 'praga', sugiro a leitura do artigo: 4gnews.pt/e-por-isto-que-nunca-deves-desligar-as-chamadas-de-spam

26 setembro 2025

Fim de vida do Windows 10 - Novidades importantes da Microsoft

Quando a Microsoft anunciou o fim de vida do Windows 10 para 14 de Outubro próximo, data em que termina o suporte oficial, e indicou que todos os utilizadores deveriam migrar para Windows 11, apresentou uma solução alternativa temporária de continuar a dar suporte por mais 1 ano, desde que os utilizadores pagassem um serviço de atualização, com um custo aproximado de 30€.

Esta solução, embora temporária, proporcionaria às organizações e empresas com muitos utilizadores dispôr de tempo adicional para planearem com mais tempo a necessária migração. Penso que para utilizadores individuais, como nós, ter de pagar apenas para adiar uma decisão que podemos tomar agora, não seria justificado e, por isso, não dei muita importância a essa possibilidade.

Acontece que, entretanto, muitas organizações de defesa dos direitos dos consumidores se têm vindo a manifestar contra a decisão da Microsoft de se fazer cobrar pelo acesso ao programa que prolonga as atualizações de segurança para o Windows 10. Perante esta pressão, a Microsoft decidiu voltar atrás e prolongar o acesso ao Windows 10 por mais um ano, de forma totalmente gratuita, embora só na Europa.

Assim, os utilizadores que vivem em países da Espaço Económico Europeu vão poder aceder gratuitamente ao programa Extended Security Updates (ESU) por um ano, ou seja, até ao dia 14 de outubro de 2026.

AÇÃO URGENTE: Se quiserem beneficiar desta oferta, e continuar a usar Windows 10 durante mais um ano, os utilizadores têm obrigatoriamente de se registar neste programa até ao dia 14/Out próximo. Para esse efeito, se não se sentem confiantes em fazê-lo sozinhos, contactem a empresa ou o técnico de apoio informático a que normalmente recorrem.

Claro que podem achar que não vale a pena embarcarem neste programa e decidirem passar rapidamente para Windows 11. Sobre esse cenário alternativo, vejam o meu artigo em: informatica-do-dia-a-dia.blogspot.com/2025/09/fim-do-suporte-da-microsoft-ao-windows.html


25 setembro 2025

A 'praga' das caixas de consentimento dos cookies

Já repararam que, cada vez que acedemos a um site qualquer, salta à nossa frente uma janela a pedir o nosso consentimento para a utilização de cookies, muitas vezes com explicações longas e complicadas que só os mais resistentes conseguem ler e selecionar em detalhe, para saber exatamente para que fins aquele site recolhe os seus dados e quem os usa.

De acordo com a legislação na União Europeia sobre os cookies, implementada em 2009, os sites passaram a ter de pedir consentimento dos utilizadores antes de carregar cookies nos seus dispositivos, a não ser que estes pequenos programas de software sejam estritamente necessários para fornecer o serviço. No entanto, essa boa intenção europeia transformou-se, na prática, numa dor de cabeça e um fator de desmotivação para quem navega na Internet.

Mas essa situação pode estar prestes a terminar. A Comissão Europeia estará a estudar a possibilidade de rever a legislação que obriga as empresas a pedirem consentimento explícito cada vez que são usados cookies num site de internet.

O site Politico revela que a CE se prepara para apresentar uma proposta de simplificação destas regras em dezembro, que vai eliminar alguns dos requisitos hoje em vigor para as empresas. As reuniões com empresas do sector e outros interessados já começaram.

A ideia será incluir mais exceções às obrigações de pedido de consentimento, ou permitir que os utilizadores definam preferências em relação aos cookies só uma vez, usando por exemplo as definições do browser para assinalar a sua vontade de forma genérica para todos os sites que visitam.

“O excesso de consentimento basicamente mata o consentimento. As pessoas estão habituadas a dar consentimento para tudo, por isso podem deixar de ler as coisas com tanto detalhe, e se o consentimento é o padrão para tudo, deixa de ser percebido da mesma forma pelos utilizadores”, defende Peter Craddock, advogado especializado em dados da Keller and Heckman, em declarações ao site Político.

Vamos esperar por Dezembro...

24 setembro 2025

Comprar um telemóvel (mais) barato

Tenho dito frequentemente que não acho necessário gastar muito dinheiro para ter um telemóvel decente, com boas características técnicas. Claro que esta afirmação é muito relativa: quem quiser ter um mpdelo topo de gama, com as funcionalidades mais recentes do mercado - 5G, IA, ecran dobrável, etc - ou olhar muito à diferenciação do design, ao facto de ser ultrafino, etc., então vai ter que pagar mais por isso.

Mas, se não é esse o caso, ainda há boas escolhas a preços muito moderados. A grande maioria de nós só quer um smartphone que permita fazer chamadas, possa ser usado para navegar na internet, fazer chamadas de vídeo, e permitir o uso das várias aplicações a que todos já nos habituámos no dia‑a‑dia - WhatsApp, Facebook, etc. E, claro, que tenha uma boa autonomia, e câmaras de qualidade aceitável.

Há, contudo, alguns aspetos a que deverão dar atenção:

  • Tamanho do ecrã - ter em conta que, se por um lado um ecrã maior permite uma melhor visualização, por outro fica mais difícil de transportar e meter no bolso.
  • Capacidade da bateria (medida em mAh - miliamperes‑hora)
  • Capacidade de armazenamento - uma boa parte da capacidade anunciada é ocupada desde logo pelo sistema operativo e pelas aplicações que instalamos. Depois virão as fotografias que irão tirar, e outros conteúdos. Atualmente, escolha um modelo com, pelo menos, 128 GB.

Bons telemóveis a precos acessíveis

A DECO PROteste preparou 2 análises dos melhores telemóveis até 150€ e até 250€, cuja leitura recomendo.

Os melhores modelos até 150 euros: www.deco.proteste.pt/tecnologia/telemoveis/noticias/boas-compras-melhores-telemoveis-ate-150-euros

Os melhores modelos até 250 euros: www.deco.proteste.pt/tecnologia/telemoveis/noticias/melhores-telemoveis-ate-250-euros

Telemóveis para pessoas séniores

Quando se chega a uma idade mais avançada surgem inevitavelmente problemas de visão, audição, memória ou motricidade, que podem tornar ainda mais difícil utilizar novas tecnologias como, por exemplo, as dos smartphones. Seja pelos ecrãs sensíveis ao toque ou pela multiplicidade de funções, a verdade é que muitas pessoas mais velhas mostram dificuldades na utilização destes dispositivos.

Telemóveis para seniores

A maioria dos grandes fabricantes não produz modelos especificamente dedicados para pessoas mais velhas. Em regra, os modelos mais orientados para seniores são fabricados por marcas com menos peso no mercado e menos conhecidas e, portanto, mais difíceis de encontrar. Por outro lado, são normalmente modelos simples, não smartphones, e nem sempre são tão bons quanto os smartphones mais populares. Por exemplo, mesmo quando esses equipamentos já possuem câmara fotográfica, ela tende a ser de mais baixa qualidade. Ou então, virem com um tipo de letra pré-definido grande demais, que depois torna a leitura de uma mensagem ou um texto menos prática. Tudo isso nos leva a dizer que, na maioria dos casos, não se justifica comprar um telemóvel específico para séniores.

Smartphones comuns para seniores

Mesmo um smartphone que não seja projetado especificamente para esse caso, pode oferecer funcionalidades muito úteis para seniores. Um smartphone é um pouco mais caro do que um telemóvel simples, que tem menos funcionalidades no acesso à internet e a aplicações. Em contrapartida, tem a vantagem de ter um ecrã grande que permite uma mais fácil leitura. E, além disso, é possível fazer definições específicas para facilitar a sua utilização.


Definições de acessibilidade

Os smartphones dos dias de hoje, à semelhança dos PCs, oferecem um conjunto de definições orientadas especificamente para se adaptarem a dificuldades de visão, audição, mobilidade, etc. Essas definições encontram-se da categoria Acessibilidade.

Nessa categoria de definições pode selecionar coisas como:

  • texto maior ou com negrito; maior contraste ou brilho
  • tecla ou resposta de ecrã mais rápida ou mais lenta ao toque
  • uma voz que repete as teclas em que pressiona (TalkBack no Android e Voice Over no iPhone)
  • uma função de zoom para ampliar o conteúdo do ecrã
  • configurações de cores (por exemplo, inversão de cores para melhor visibilidade)
Com estas várias opções, pode ter um smartphone com todas as suas funcionalidades e ainda assim ser de fácil utilização.

Muito importante proteger a password de acesso ao e-mail

Tenham sempre presente a importância de proteger bem a sua conta de correio eletrónico, com uma password complexa e, logo, difícil de piratear. Reparem que o endereço de e-mail, para além de ser usado para acesso ao email, é também normalmente usado para fazer o registo em muitos serviços online, sendo usado como “nome do utilizador”.

É muito importante evitar usar a mesma password para se registar em diversos serviços, visto que a primeira coisa que um 'hacker' vai tentar é tentar usar nesses serviços a mesma password da sua conta de e-mail. Caso esta não funcione, o hacker acederá ao campo “Esqueceu-se da palavra-passe?” e, tendo acesso à sua conta de e-mail, terá a possibilidade de definir uma nova password e passar a usar o serviço em seu nome.

Proteja o endereço de e-mail com uma password forte. Um gestor de passwords, mesmo que seja o do 'browser' - Chrome, Edge ou outro - pode ajudar a gerir os diferentes acessos das suas contas e, até, sugerir palavras fortes como alternativa a uma password inventada por si.

MB Way

Criado em 2015, o serviço MB Way ganhou de imediato uma enorme popularidade e já atingiu, segundo a SIBS, mais de cinco milhões de utilizadores. 

Contudo, apesar deste óbvio sucesso, tenho-me deparado com muita frequência com colegas que dizem não usar o MB Way 'por receio'. Não sei exatamente receio de quê, provavelmente diferentes pessoas terão distintos receios, mas o que é um facto é que estão a perder, sem razão, um conjunto de funcionalidades importantes.

Alguns exemplos:

  • fazer transferências fáceis e instantâneas de dinheiro para um amigo ou familiar, sabendo apenas o seu nº de telefone
  • levantar dinheiro numa caixa Multibanco sem terem consigo nenhum cartão
    • o caso particular de poderem permitir a um neto, que vos telefonou a dizer que precisa de dinheiro, que faça um levantamento num Multibanco usando apenas um código que lhe transmitem
  • a criação de cartões de crédito virtuais, que só podem ser usados para um montante e uma duração pré-definidos, permitindo compras online muito mais seguras
  • etc, etc.

Nos parágrafos seguintes irei descrever:

  • como funciona o MB Way
  • como criar cartões virtuais
  • como aderir ao MB Way
  • segurança na utilização do MB Way

Como funciona o MB Way

Sem carregamentos ou custos de adesão, os únicos requisitos para usar a aplicação é ter um smartphone e ligação a uma rede móvel ou a wi-fi. Depois, é só descarregar a app MB Way e ativá-la numa caixa multibanco. Pode associar à aplicação até oito cartões bancários, sejam de débito, de crédito ou até cartões de refeição.

As transferências instantâneas são das funcionalidades mais usadas, permitindo enviar dinheiro com recurso ao contacto telefónico do destinatário. O montante máximo por operação é de 2000 euros, mas a funcionalidade é usada sobretudo para operações de baixo valor.

Atualmente, as transferências até 30 euros são gratuitas, até ao limite de 150 euros ou de 25 transações por mês. Só acima deste valor é permitido cobrar uma comissão máxima de 0,2% sobre o montante, se a transferência for efetuada com cartão de débito, ou de 0,3%, para cartões de crédito.

Pode também usar o MB Way para fazer compras em lojas físicas e online. No primeiro caso, através da leitura de códigos QR ou NFC com o telemóvel; no segundo, com recurso ao seu número de telefone.

A app MB Way permite também usar o multibanco sem ter o cartão bancário consigo. Basta carregar na tecla verde da caixa automática e escolher a opção “Utilizar o multibanco”. A leitura de um código QR com o telemóvel desbloqueará o acesso às operações normalmente disponíveis numa caixa multibanco, inclusive levantamentos.

A opção “dividir a conta” permite dividir um pagamento entre várias pessoas, sem ter de calcular o montante que cabe a cada uma. Esta funcionalidade serve, por exemplo, para pagar a sua parte da refeição numa ida ao restaurante com os amigos.

Por fim, pode ainda gerar cartões virtuais MB Net, para pagar compras online. Associados ao seu cartão bancário, estes cartões temporários permitem pagar compras online, sem nunca partilhar os dados do seu cartão físico com o comerciante.

Como criar cartões virtuais MB Net

Os cartões virtuais são uma forma mais segura de fazer compras online do que com um cartão de crédito, pelo facto de ser necessário partilhar os dados do nosso cartão físico com as empresas a quem estamos a comprar.

Nota: Este é igualmente o objetivo de quem utiliza o serviço PayPal, em que quem efetua o pagamento ao meu fornecedor (por exemplo, um site de compras) é a PayPal, e que depois debita esse valor no meu cartão. A única entidade em quem eu tenho que confiar na utilização dos meus dados é a PayPal e não as múltiplas empresas a quem compro.

Através do MB Way, pode criar três tipos de cartões virtuais:
  • compra única – têm a validade de dois meses e permitem fazer uma única compra, extinguindo-se após essa utilização
  • várias compras – válidos por 12 meses, são indicados para compras regulares num só comerciante, por exemplo, para as compras de supermercado
  • pagamentos recorrentes – para pagar mensalidades fixas ou subscrições de serviços
Ao criar o cartão, selecione uma das três modalidades e indique o valor que pretende atribuir ao cartão:

 

Depois de criado o cartão MB Net, para efetuar o pagamento na loja online em causa, deverá inserir os dados do cartão nos campos destinados aos cartões de crédito.

Como aderir ao MB Way

Pode aderir ao MB Way nas caixas multibanco. Depois de selecionar a opção "MB Way", deve inserir o seu número de telemóvel e escolher um código PIN com seis dígitos.

Após a adesão, tem de instalar a aplicação no telemóvel. Esta está disponível para Android e iOS (iPhone).

Depois de confirmar que já aderiu via caixa multibanco, ative a aplicação: insira o seu número de telemóvel e o PIN MB Way.

Receberá de imediato um SMS com o código de ativação. Insira-o na app. Carregue em “continuar” e o serviço fica pronto a ser utilizado.



Segurança na utilização do MB Way

Voltando ao receio que vejo alguns associados terem na utilização do MB Way. É importante realçar que so riscos de usar o MB Way para fazer pagamentos são idênticos aos da utilização de um comum cartão de débito. Ou seja, não está a partilhar os seus dados bancários com o comerciante, e a operação só é autorizada após a inserção de um código PIN.

Por outro lado, os cuidados a ter em consideração também são idênticos. Tanto num como noutro caso, o PIN definido deve ser pessoal e intransmissível, não devendo partilhá-lo com ninguém: a regra para a aplicação é exatamente a mesma que para o cartão bancário.

Na eventualidade de alguém ter acesso ao seu telemóvel e ao código do MB Way, há uma segunda linha de proteção. Se o telemóvel tiver ativada a funcionalidade de bloqueio, pode impedir (ou pelo menos dificultar) o acesso à aplicação. A própria app pode ser bloqueada e só funcionar depois de o utilizador inserir o código de bloqueio.

Há contudo que ter muita atenção a uma situação de burla muito comum na compra e venda de artigos usados em sites como o OLX. Se colocarem um artigo à venda, é quase certo receberem de imediato vários telefonemas de pretensos compradores, muito interessados, e que se propõem fazer o pagamento por MB Way (normalmente sem sequer pedirem para ver o artigo em questão, o que, desde logo, é de desconfiar). Se alguém vos quiser mesmo pagar algo, só têm que vos pedir o vosso número de telefone, e transferem o dinheiro para esse número. Mas a conversa é outra: pedem para ir ao Multibanco, introduzir determinada opção e dizerem-lhes qual o código que aparece. Cuidado! Nada disso é assim. Se continuarem, estão a dar-lhes acesso direto à vossa conta bancária, para eles fazerem as transferências que muito bem entenderem... Basta dizerem: desculpe, eu sei como o MB Way funciona, basta dizer-lhe o meu número de telefone, e verão que eles desligam de imediato.

21 setembro 2025

O que é o SPAM e como geri-lo

Já todos passámos pela situação de não encontrarmos um email que sabemos que devíamos já ter recebido. Antes de concluirmos que não o recebemos (o que acontece frequentemente com os emails enviados pela Nova Atena 😉), devemos primeiro ir procurar se, por acaso, esse email não terá ido parar à pasta de SPAM (ou Lixo eletrónico). E frequentemente está mesmo lá...

O que é o SPAM


SPAM é o nome dado às mensagens indesejadas que chegam à nossa caixa de correio eletrónico. Normalmente são enviadas em grande quantidade e sem que a pessoa tenha pedido para as receber. Podem ser simples publicidades, mas também podem esconder riscos, como tentativas de enganar o utilizador para fornecer dados pessoais ou instalar programas perigosos.

Este procedimento é usado pelos serviços de correio eletrónico - Gmail, Outlook, Hotmail, Sapo, etc - para nos pouparem a essa praga que são os emails não desejados. Assim, quando o serviço de email deteta um email que foi enviado para várias pessoas simultaneamente e que foi enviado por um remetente que não está registado como um dos nossos contactos, separa-o preventivamente nessa pasta de SPAM, para não nos incomodar na pasta de entrada e para que o possamos observar tranquilamente mais tarde.

Como fazer com que o filtro de SPAM não assinale mails que efetivamente queríamos receber


Este é o primeiro ponto que queria abordar. Por exemplo, a Nova Atena envia-vos um email com o aviso de pagamento das vossas quotas. Não o encontram e dizem à NA que não receberam nada. No final, acabam por perceber que esse email tinha sido enviado diretamente para a pasta de SPAM.

Porque é que isso acontece, e como evitar que essas situações ocorram de novo no futuro? Voltemos à definição, que partilhei convosco acima, do que é o SPAM - "email que foi enviado para várias pessoas simultaneamente e que foi enviado por um remetente que não está registado como um dos nossos contactos". Ora, de facto, os emails da NA são normalmente enviados para várias pessoas ao mesmo tempo e, por isso ficam logo 'debaixo de olho'. Quanto a isso nada a fazer.

Mas ir para o SPAM só acontece se o email foi enviado por uma entidade que não temos registada nos nossos contactos. Logo, temos a solução: basta identificar qual o endereço de onde nos foi enviado esse email, e registá-lo como um dos nossos contactos. A partir desse momento, nenhum email enviado por essa entidade voltará a ficar retido na pasta de SPAM. Resolvido!

Outras regras para gerir o SPAM


O SPAM no email é um problema e tem vindo a piorar ao longo dos anos, com as caixas de correio eletrónico a sofrerem invasões quase impossíveis de controlar.

A maioria das pessoas usam serviços como o Gmail ou o Outlook, que, felizmente, têm bons filtros para SPAM. Ainda assim, há algumas regras que devemos seguir para gerir melhor esta situação:

  1. Verificar periodicamente a pasta de SPAM
    Quase todos os serviços de e-mail separam automaticamente este tipo de mensagens. Convém verificar esta pasta de vez em quando, para confirmar que nenhuma mensagem importante foi lá parar por engano.

  2. Cancelar assinaturas
    Este é um ponto fundamental quando recebem regularmente, de uma mesma entidade, emails indesejados, tenham eles ficado na caixa de entrada ou sido reencaminhados para a pasta de SPAM. Sempre que vejam que estão a freceber regularmente, de uma mesma entidade, emails que não pretendem receber (ou que, em determinada altura, queriam mas deixaram de querer), devem cancelar essa assinatura. Por lei, todos os emails enviados regularmente devem ser acompanhados de uma opção de cancelamento dessa assinatura. Vão até à parte final do email e, no rodapé, procurem por algo do tipo 'Cancelar a minha subscrição' (ou 'Unsubscribe', se o email estiver em inglês). Se carregarem nessa opção, legalmente essa entidade tem de vos retirar da sua lista de distribuição de emails, e não vos voltar a incomodar. Nota: o procedimento de cancelamento poderá demorar alguns dias, por isso será natural que ainda possam receber entretanto mais um ou dois emails dessa entidade, mas depois deveria parar totalmente.

  3. Assinalar mensagens como SPAM
    Quando receber um e-mail indesejado, mas que não foi automaticamente enviado pelo serviço de email para a pasta de SPAM, pode assinalá-lo como SPAM e, dessa forma, ensinar o sistema e ajudá-lo a saber filtrar de forma mais rigorosa no futuro.

  4. Bloquear remetentes
    Se a mesma pessoa ou empresa envia regularmente emails de SPAM, pode pedir para bloquear o endereço dessa entidade.

  5. Fazer uso de filtros
    Ainda que denunciar SPAM seja um bom começo, os utilizadores podem criar e personalizar  filtros que verificam as mensagens recebidas e, de acordo com as regras pré-definidas, arquivam, excluem ou dão rótulos aos emails de forma automática, mesmo antes de os colocar na caixa de entrada.

  6. Nunca responder nem clicar em links de um email de SPAM
    Responder ao email vai confirmar ao remetente que o seu e-mail está ativo, o que pode aumentar ainda mais o número de mensagens recebidas no futuro.

  7. Ter cuidado ao divulgar o seu endereço de e-mail
    Sempre que puder, evite deixar o seu endereço de email em sites públicos ou em redes sociais. O mais certo é passar a receber emails regulares dessas entidades.

  8. Usar contas diferentes para diferentes utilizações
    Esta medida é um pouco mais radical e trabalhosa, e entendo que a maioria das pessoas (eu incluído) não a utilize normalmente. É a possibilidade de termos mais do que um e-mail, um só para as comunicações pessoais importantes (amigos, bancos e outros serviços, contacto com a administração pública, etc) e um outro só para inscrições em sites (compras, etc).

  9. Usar ferramentas inteligentes de terceiros
    Ainda que os recursos integrados nos serviçoss de email funcionem bem, podemos ainda melhorar recorrendo a ferramentas inteligentes de terceiros, como o Clean Email ou o Spamdrain, que, para além de permitirem definir regras adicionais às que o nosso serviço de email dispõe, permitem analisar o nosso email e detetar situações de recebimentos indesejados, e ajudar-nos a fazer uma limpeza dessas situações.

17 setembro 2025

Como escolher o melhor tarifário de comunicações

Já tenho abordado várias vezes o tema dos serviços de comunicações, em particular as alterações que se têm verificado no mercado desde a entrada do novo operador Digi quase há um ano atrás.

A questão que queria abordar hoje era a seguinte. Quase todos temos um contrato de comunicações baseado num pacote (TV+Net+Fixo+Móvel ou TV+Net+Fixo+Móvel), provavelmente por uma questão de comodidade contratual: tratamos com uma só empresa e recebemos só uma fatura ao fim do mês.

Mas será esta a forma mais económica de ter esses serviços? Muito provavelmente, não. Se contratássemos alguns desses serviços separadamente, muito provavelmente a soma dos vários valores seria inferior ao que pagamos pelo pacote completo.

Nota: Quase de certeza, têm contratados pacotes de comunicações que estão sujeitos a um contrato de fidelização. Se o final desse contrato ainda está distante, provavelmente a indemnização que teriam de pagar por quebrar o contrato antes do seu termo não compensaria. Nesse caso, leiam para ir vendo o que deverão fazer quando essa altura chegar. Se, pelo contrário, o fim do vosso contrato já está perto (6 meses ou menos), já devem ter começado a receber telefonemas do vosso operador a fazer propostas de alteração do contrato, com ofertas específicas. Não se precipitem! Se aceitarem alguma dessas propostas, estão a iniciar um novo contrato de fidelização de mais 2 anos. Esperem tranquilamente e avaliem com calma todas as alternativas.

Vamos então ver o que devemos levar em consideração na hora de contratar os nossos serviços.

Compare preços de pacotes vs. tarifários separados

Antes de tomar decisões, é importante comparar preços dos pacotes com todos os serviços que quer (incluindo o telemóvel) com opções de contratar esses serviços em separado.

A CNN e a DECO Proteste têm um barómetro de preços que pode ser muito útil nessa avaliação. Ver em: informatica-do-dia-a-dia.blogspot.com/2025/09/analise-competitiva-dos-precos-de

Considere contratar os serviços fixos e móveis separadamente

Mudar os serviços fixos é bem mais fácil se não tiver números de telemóvel associados. Se quer maior liberdade para mudar, é melhor manter o telemóvel fora do pacote global com os demais serviços.

Período de fidelização

Tenha também em conta o período de fidelização do serviço e quanto tem de pagar se quiser sair antes do fim do contrato (em cada momento, porque varia com o número de meses que falta cumprir até ao fim).

De quantos cartões de telemóvel vai precisar?

Não pense no serviço de forma individual. Tenha em conta todos os outros serviços e elementos do agregado familiar para os quais ainda paga os consumos. Estar tudo no mesmo pacote nem sempre é garantia de melhor preço.

Nos principais operadores, cada cartão adicional de telemóvel custa, normalmente, quase 15 euros por mês (sem contabilizar custos extra, como o consumo de dados adicionais). Qualquer tarifário de telemóvel adequado ao uso que faz e que resulte em valores mensais inferiores a 15 euros é preferível.

Perfis dos vários operadores móveis

A solução mais barata de todas pode ser mesmo um tarifário sem serviço de telemóvel, apenas de um, dois ou três serviços fixos (por exemplo, Net, TV+Net ou TV+Net+Voz) e os telemóveis distribuídos por operadores diferentes, conforme o perfil de cada pessoa.

Caso use muito as apps mais populares como o Facebook, WhatsApp ou Instagram, para utilizadores maiores de 25 anos é mais indicado um tarifário mais competitivo com pelo menos 5 GB de plafond geral (desde 10 euros por mês).

Verifique a cobertura de rede

Antes de contratar o serviço fixo vai ter de saber se há cobertura de rede na morada onde quer instalá-lo.

A Anacom disponibiliza essa informação num site. Mais informação em: informatica-do-dia-a-dia.blogspot.com/2025/05/coberturas-dos-operadores-de

Contactos com o operador

Poderá ter, em determinado momento, de contactar o seu fornecedor de serviços, ou receber dele um contacto direto para promoção das suas ofertas. Se isso acontecer, tente que a chamada se foque apenas no que pretende saber e não se deixe influenciar por oportunidades “incríveis” (ou mais serviços e funcionalidades) se contratar o serviço imediatamente. 

Utilização no estrangeiro

Preste também atenção às restrições no uso do serviço no estrangeiro, bem como às condições aplicáveis quando excede os plafonds incluídos. Embora existam avisos quando se aproxima do limite, há tarifários em que é ativado automaticamente o pacote extra de dados assim que o limite é ultrapassado. Estas condições estão normalmente em letra pequenina e são difíceis de encontrar na maior parte dos casos.

Escolha o serviço de TV em função dos conteúdos que pretende ter

Antes de subscrever um pacote num operador, veja o que é suficiente para si. Comece sempre pelo mais barato, pela opção mais simples, e vá acrescentando as características que valoriza.

Se quiser canais premium ou acesso a determinados conteúdos, como acesso ao HBO ou Netflix diretamente através da box de televisão, tenha-o em consideração. Pode ficar mais barato subscrever estes serviços à parte e contratar um serviço de internet ou um serviço de TV Net Voz mais barato.

Quanto aos canais premium, verifique se o potencial fornecedor dispõe dos canais a que pretende aceder. Por exemplo, alguns fornecedores não têm acesso aos canais Sport TV.

Funcionalidades adicionais de TV

Usa ou quer usar funcionalidades de voltar atrás sete dias na programação ou ter acesso às gravações automáticas ou ao videoclube? Confirme as funcionalidades a que tem acesso em cada tarifário.

Nos tarifários que não incluem box de televisão, vai ter acesso a menos canais e perde as funcionalidades da box. O software a que tem acesso via box de televisão é diferente consoante o operador e pode mesmo variar dentro do mesmo operador, para diferentes tipos de serviço.

Como escolher o serviço de internet fixa

Até ao momento, a fibra, normalmente disponível nos grandes centros urbanos, é a melhor tecnologia a escolher para a internet fixa. No caso de fibra, as velocidades começam normalmente nos 100 Mbps, podendo ir até 1 Gbps. Comece por ponderar velocidades mais baixas, em função das suas necessidades. Contratar o pacote com maior velocidade disponível não é necessariamente a melhor solução, em termos de custo final da solução.

Se no seu local de instalação não tiver a opção de fibra, normalmente em meios mais rurais, poderá ter serviços baseados em tecnologias ADSL ou satélite. As velocidades serão tipicamente mais baixas nesses casos. No serviço ADSL, as opções são geralmente entre 12 Mbps e 24 Mbps. No acesso via satélite, podem ir até 40 Mbps neste momento.

Como escolher o serviço do telefone

Embora a maioria dos pacotes inclua telefone fixo, avalie se necessita mesmo dessa funcionalidade. Atualmente, com a generalização das comunicações móveis, já quase ninguém usa o telefone fixo, mesmo quando em casa. Pondere se vale a pena ter essa funcionalidade ou se a pode dispensar.

Serviços de internet móvel

Relativamente ao serviço de internet móvel (para PC, tablet ou router móvel), avalie se o uso que faz o justifica, uma vez que pode sempre usar o telemóvel como hotspot ou recorrer a redes Wi-Fi gratuitas em locais públicos. E em casa tem sempre a sua própria rede Wi-Fi (se já tem internet fixa instalada).

Em resumo

Comprar um pacote completo com todos os serviços necessários é muito cómodo - um único interlocutor, uma só fatura ao fim do mês - mas é cobrado um preço premium, bastante acima do que podemos obter se contratarmos diferentes serviços separadamente. Além de que, ao contratar um pacote fechado, estaremos provavelmente a contratar alguns desses serviços com funcionalidades acima das nossas necessidades concretas, e perdemos a oportunidade de ajustarmos esses serviços ao nível das nossas necessidades para cada um deles.

Nota final

Se estiverem próximo da data de renovação (fim de fidelização) do vosso contrato, estarão seguramente a receber telefonemas com ofertas 'muito vantajosas' e a sefrem pressionados para as aceitar, e iniciar novo contrato, com novo período de fidelização. Não se precipitem! Quanto mais forem adiando a vossa decisão, mais vantajosas serão as ofertas que o vosso fornecedor e os seus concorrentes vos farão. Não se inibem de usar as propostas de uns para negociar com os outros. "Este oferece-me isto e aquilo; o que é que vocês têm para me oferecer para eu continuar convosco?". Vão ficar surpreendidos com a flexibilidade que irão encontrando ao longo do tempo...

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